terça-feira, 29 de novembro de 2011
Só se fala Brazil no festival de criatividade europeia
A tarde de ontem (28/11), deu início aos três dias de Eurobest, o festival que, há quatro edições, reconhece o que há de mais criativo na Europa. Bons exemplos não faltam e muita coisa ainda está por vir dos quatro cantos do velho mundo.
Entretanto, uma palavra estrangeira esteve presente em 100% das oportunidades de falas públicas (e privadas): o nosso amado, idolatrado, salve, salve Brasil. Que, de fato, já não dá mais para chamar de palavra estrangeira.
Se fosse possível fazer uma ‘nuvem de tags’ do primeiro dia de Eurobest, Brazil estaria grande no meio dos demais países europeus. Pronunciado em todos os sotaques que passaram por nossa equipe – alemão, espanhol, russo, inglês e, claro, português de Portugal – era sempre possível identificar um misto de orgulho com um certo fetiche.
Orgulho para as empresas que subiram no palco e afirmaram “ter negócios no Brasil”, e fetiche para aquelas que descrevem-nos como uma das principais culturas emergentes e terreno dos mais férteis no mundo para a criatividade.
Passada a alegria do aquecimento econômico, caímos na realidade já na primeira entrevista, com o diretor criativo da Lowe na Espanha e argentino Chaco Puebla; e o CEO global da agência, Michael Wall. Nosso papo começa com o assunto nevrálgico do momento e tema da segunda palestra do dia: a crise econômica.
Se 2011 foi um ano complexo, 2012 será ainda mais difícil, porém para as adversidades a resposta é sempre trabalho e ainda mais criatividade. Talvez tenha sido essa a razão porquê o Eurobest começou sua primeira palestra com três mulheres portuguesas, criativas, empreendedoras e artistas.
Joana Vasconcelos, artista plástica, Mariza, cantora de fado mundialmente famosa e Beatriz Batarda, atriz, deram um show de exemplos quando o assunto é o que fazer para reforçar uma marca em tempos austeros. E a resposta, em uníssono, foi o empreendedorismo criativo.
É bastante interessante ver um festival que fala de criatividade, partir da arte, falar no país emergente do momento e trazer mulheres absolutamente bem-sucedidas em Portugal para interagir com uma qualificada audiência internacional. Sinal de que em tempos de crise, como disse Michael Wall, o mais importante para a criatividade é enxergar “a metade cheia do copo”.
Que venham os próximos dias de otimismo em Lisboa e este 2012 que poderá ser extremamente delicado, porém, ao que tudo indica, absolutamente criativo.
Fonte:Promoview
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